ACT Institute | O ACT Institute Brasil é o Maior Instituto de Hipnose do mercado e referência internacional em Hipnose Ericksoniana. Dr Stephen Paul Adler, PhD, seu presidente-fundador, é discípulo de Milton Erickson, sendo o único trainer habilitado por ele em toda a América Latina.

Seu cliente travou… e agora, o que fazer? Congelamento Clínico. pt 1

O artigo de hoje fala sobre o congelamento clínico. Todo profissional da área da saúde deseja ver suas intervenções gerando os resultados esperados, quanto a melhoria de seus clientes.
Seja organicamente e psicologicamente, parte da satisfação como profissionais da saúde, é sermos facilitadores do processo de libertação do sofrimentos daqueles que nos procuram.
Com certeza, dentro das ciências médicas, quando a pessoa não melhora, muitas são as variáveis que estão atuando para não permitir  a satisfatória recuperação.
Já nas ciências psíquicas, a não melhoria do cliente, será visto dentro de cada teoria (e acreditem, existem tantas teorias de cura quanto existem estrelas no céu…rs) de acordo com a explicação que as mesmas construíram sobre o ser humano e como entendem que ocorre a recuperação psicológica.
Dessa forma a Abordagem Ericksoniana,  também possuí suas percepções do que pode afetar a melhoria do cliente, assim como,  suas recomendações de como lidar com essa situação  para recuperar o fluxo clínico (que aqui representa o cliente voltar a acessar se potencial de cura).

O FLUIR E O CONGELAMENTO CLÍNICO

Dentro da clínica ericksoniana dizemos que o processo está fluído, quando o cliente está conseguindo acessar informações consistentes que lhe permita, em seu ritmo de aprendizagem, usar seus potenciais internos para ir ao encontro de suas construções clínicas.
Dessa forma o estado de fluxo no processo terapêutico, sempre confirma que a intervenção feita funcionou suficientemente, para permitir o acesso da pessoa ao repertório de cura de sua mente inconsciente.
Já o congelamento é um indicativo de que, em maior ou menor grau, o cliente não está conseguindo sair do seu transe de desempoderamento, ficando estagnado em sua condição limitante.
Apesar das estratégias compartilhada, nenhuma associação interna é gerada ou, se isso acontece, as informações que emergem não são significativas,  para promover compreensões mais profundas e\ou reestruturações do seu quadro de sofrimento.
De uma maneira geral, fluxo e congelamento, são dois elementos que estarão sempre presentes  na experiência clínica da hipnose (e, com certeza, em qualquer experiência de psicoterapia).
Alguns atendimentos começam com boas construções, mas em determinado momento congelam, estagnando o progresso. Outros desde o início ficam morosos, sem nenhum avanço significativo.
Ainda encontraremos processos que atingiram excelentes resultados clínicos e quando outros objetivos surgem, porque o cliente resolveu agora apresentar novas metas, o antigo fluxo desaparece totalmente, gerando insatisfação em ambas as partes.
Independente de qual seja o caso, e sendo compreensíveis  as insatisfações que surjam nesse momento, é muito importante lidar com o congelamento como um convite para o terapeuta criar uma abertura para ir, no dizer de Erickson “para aquele lugar, que parte nossa não sabe, que outra parte sabe”.
O congelamento na experiência clínica, sempre será um convite para irmos ao nosso não saber como terapeutas, visando acessar novas informações sobre nosso cliente  que garantirá  uma maior compreensão e mais ajustada prática,   para ativar seu potencial de aprendizagem e cura.

O NÃO SABER DO CONGELAMENTO

Quais os fatores que podem estar criando o congelamento no processo clínico? Seja no início, durante ou quando construindo novos objetivos com seu cliente, como podemos compreender esse estado de estagnação na experiência clínica?
Citarei aqui os fatores que podem gerar esse processo, entendendo que os mesmos podem acontecer conjugados:
  1. Informações implícitas do terapeuta
  2. Falta de segurança no campo
  3. Falta de indiretividade nas sugestões
  4. Falta de aprofundamento.
  5. Desconexão com o perfil.
  6. Desconexão com as necessidades
  7. Desconexão com o direcionamento
  8. Desconexão com o ritmo.
Convidar o terapeuta para o seu não saber é, de certa maneira, mobilizar para que o mesmo possa explorar diante do aparente “não-avanço” com o  seu cliente, qual ou quais novas informações é possível acessar,  ao explorarmos as categorias colocadas acima.
Irei abordar cada um desses elementos entendendo que, sua separação em categorias, acontece apenas para fins didáticos, pois os mesmos podem estar acontecendo coordenados, interrompendo o avanço do processo de cura.
  1. INFORMAÇÕES IMPLÍCITAS DO TERAPÊUTA

Durante a jornada de cura, cliente e terapeuta formam um elo, de conexão consciente e inconsciente, por onde inúmeras informações  de ambos os sistemas são compartilhados.
Isso significa que enquanto o terapeuta está facilitando para  que seu cliente,  acesse as informações saudáveis da  mente inconsciente, através da experiência do transe, os elementos que estão presentes  nessa relação (emoções, pensamentos e sensações) estarão influenciando  o andamento do processo.
Essa troca de informações pode potencializar a dinâmica de cura ou interromper seu fluxo. E quando isso acontece, na maioria das vezes, é porque aprendizagens incompletas do terapeuta , se entrelaçam com as os conflitos do cliente.
Como assim Alexandre? Você poderia dar exemplos e explicar melhor?
Com certeza!
Imaginem uma situação de alguém que desenvolveu sentimento de menos valia, como consequência dos abusos morais que recebeu de seus irmãos durante seu crescimento.
Então essa pessoa, em uma fase  mais madura de sua vida, procura o serviço de um profissional  de saúde psicológica (de um terapeuta ericksoniano),  visando trabalhar sua baixa autoestima.
Durante o processo o cliente trava, ficando estagnado em seus conflitos,  que reforçam em sua interioridade sua falta de valor, diminuindo sua esperança em achar uma porta de saída desse seu sofrimento.
Em determinado momento o hipnólogo, levando o caso  estagnado para seu supervisor, recebe a seguinte  pergunta, visando explorar a si mesmo através do caso do seu cliente “quando na sua história de vida você se sentiu totalmente ineficaz assim?”.
E, através de um processo de aprofundamento do transe, e sondando a si mesmo, ele identifica  momentos do seu passado, em que via o pai agredir sua mãe, e ele se sentia totalmente congelado, sem confiança e recursos,  para tentar proteger quem ele  tanto amava.
São experiências diferentes… concordam? Então, pela lógica, elas não deveriam encavalar uma na outra …certo?! …. Errado!!!
As associações das experiências não resolvidas do terapeuta, podem ser ativadas pelas experiências do cliente, simplesmente por existirem alguns  elementos que estejam presentes,  que lembrem os estados emocionais e as percepções limitantes que ficaram gravadas dessas situações infelizes.
Quando tais situações se engatilham, o sistema do terapeuta aciona os estados emocionais e as perspectivas da época, que geravam um alto índice de desempoderamento,  assim como os mecanismos que ele desenvolveu para tentar sobreviver a essa dor, inabilitando um estado de maior presença, engajamento  e aceitação junto ao seu cliente.
Diante dessas informações de desempoderamento, que são trocadas através da conexão com seu cliente (mesmo que sem consciência do processo), as emoções e percepções limitantes do mesmo também são reforçadas, assim como suas estratégias de sobrevivência, diminuindo as condições que mobilizariam seu transe de empoderamento.
Então a primeira pergunta que todo terapeuta, em processos de congelamento deve fazer é : o que a situação do meu cliente, me ajuda a perceber sobre mim mesmo? Ou talvez: Quando foi que eu me senti assim como estou me sentindo diante do meu cliente?
Mas independente da pergunta e forma de auto exploração, a ideia aqui é acessar as informações profundas, que o congelamento do cliente pode ajudar o terapeuta a perceber sobre si mesmo pois, quando as demandas do cliente ativam as demandas do terapeuta, isso cria um sistema de retroalimentação de informações desorganizadas, que interrompem algumas condições que permitiriam um melhor alinhamento com as forças curativas do inconsciente.
Explorar as informações implícitas, que o caso do cliente,  pode estar potencializando no terapeuta, é um dos passos mais importantes, diante de situações de congelamentos clínicos.
Minha experiência com as supervisões dadas pelo Dr. Stephen é que,  somente o fato do terapeuta tomar consciência de tais informações, já estanca essa alimentação improdutiva, melhorando a conexão de ambos e aumentando o sentimento de segurança diante do processo.
Semana que vem, iremos abordar os outros itens que favorecem a interrupção do fluxo de cura na experiência clínica.
O artigo de hoje fala sobre o congelamento clínico. Todo profissional da área da saúde deseja ver suas intervenções gerando os resultados esperados, quanto a melhoria de seus clientes.
Seja organicamente e psicologicamente, parte da satisfação como profissionais da saúde, é sermos facilitadores do processo de libertação do sofrimentos daqueles que nos procuram.
Com certeza, dentro das ciências médicas, quando a pessoa não melhora, muitas são as variáveis que estão atuando para não permitir  a satisfatória recuperação.
Já nas ciências psíquicas, a não melhoria do cliente, será visto dentro de cada teoria (e acreditem, existem tantas teorias de cura quanto existem estrelas no céu…rs) de acordo com a explicação que as mesmas construíram sobre o ser humano e como entendem que ocorre a recuperação psicológica.
Dessa forma a Abordagem Ericksoniana,  também possuí suas percepções do que pode afetar a melhoria do cliente, assim como,  suas recomendações de como lidar com essa situação  para recuperar o fluxo clínico (que aqui representa o cliente voltar a acessar se potencial de cura).

O FLUIR E O CONGELAMENTO CLÍNICO

Dentro da clínica ericksoniana dizemos que o processo está fluído, quando o cliente está conseguindo acessar informações consistentes que lhe permita, em seu ritmo de aprendizagem, usar seus potenciais internos para ir ao encontro de suas construções clínicas.
Dessa forma o estado de fluxo no processo terapêutico, sempre confirma que a intervenção feita funcionou suficientemente, para permitir o acesso da pessoa ao repertório de cura de sua mente inconsciente.
Já o congelamento é um indicativo de que, em maior ou menor grau, o cliente não está conseguindo sair do seu transe de desempoderamento, ficando estagnado em sua condição limitante.
Apesar das estratégias compartilhada, nenhuma associação interna é gerada ou, se isso acontece, as informações que emergem não são significativas,  para promover compreensões mais profundas e\ou reestruturações do seu quadro de sofrimento.
De uma maneira geral, fluxo e congelamento, são dois elementos que estarão sempre presentes  na experiência clínica da hipnose (e, com certeza, em qualquer experiência de psicoterapia).
Alguns atendimentos começam com boas construções, mas em determinado momento congelam, estagnando o progresso. Outros desde o início ficam morosos, sem nenhum avanço significativo.
Ainda encontraremos processos que atingiram excelentes resultados clínicos e quando outros objetivos surgem, porque o cliente resolveu agora apresentar novas metas, o antigo fluxo desaparece totalmente, gerando insatisfação em ambas as partes.
Independente de qual seja o caso, e sendo compreensíveis  as insatisfações que surjam nesse momento, é muito importante lidar com o congelamento como um convite para o terapeuta criar uma abertura para ir, no dizer de Erickson “para aquele lugar, que parte nossa não sabe, que outra parte sabe”.
O congelamento na experiência clínica, sempre será um convite para irmos ao nosso não saber como terapeutas, visando acessar novas informações sobre nosso cliente  que garantirá  uma maior compreensão e mais ajustada prática,   para ativar seu potencial de aprendizagem e cura.

O NÃO SABER DO CONGELAMENTO

Quais os fatores que podem estar criando o congelamento no processo clínico? Seja no início, durante ou quando construindo novos objetivos com seu cliente, como podemos compreender esse estado de estagnação na experiência clínica?
Citarei aqui os fatores que podem gerar esse processo, entendendo que os mesmos podem acontecer conjugados:
  1. Informações implícitas do terapeuta
  2. Falta de segurança no campo
  3. Falta de indiretividade nas sugestões
  4. Falta de aprofundamento.
  5. Desconexão com o perfil.
  6. Desconexão com as necessidades
  7. Desconexão com o direcionamento
  8. Desconexão com o ritmo.
Convidar o terapeuta para o seu não saber é, de certa maneira, mobilizar para que o mesmo possa explorar diante do aparente “não-avanço” com o  seu cliente, qual ou quais novas informações é possível acessar,  ao explorarmos as categorias colocadas acima.
Irei abordar cada um desses elementos entendendo que, sua separação em categorias, acontece apenas para fins didáticos, pois os mesmos podem estar acontecendo coordenados, interrompendo o avanço do processo de cura.
  1. INFORMAÇÕES IMPLÍCITAS DO TERAPÊUTA

Durante a jornada de cura, cliente e terapeuta formam um elo, de conexão consciente e inconsciente, por onde inúmeras informações  de ambos os sistemas são compartilhados.
Isso significa que enquanto o terapeuta está facilitando para  que seu cliente,  acesse as informações saudáveis da  mente inconsciente, através da experiência do transe, os elementos que estão presentes  nessa relação (emoções, pensamentos e sensações) estarão influenciando  o andamento do processo.
Essa troca de informações pode potencializar a dinâmica de cura ou interromper seu fluxo. E quando isso acontece, na maioria das vezes, é porque aprendizagens incompletas do terapeuta , se entrelaçam com as os conflitos do cliente.
Como assim Alexandre? Você poderia dar exemplos e explicar melhor?
Com certeza!
Imaginem uma situação de alguém que desenvolveu sentimento de menos valia, como consequência dos abusos morais que recebeu de seus irmãos durante seu crescimento.
Então essa pessoa, em uma fase  mais madura de sua vida, procura o serviço de um profissional  de saúde psicológica (de um terapeuta ericksoniano),  visando trabalhar sua baixa autoestima.
Durante o processo o cliente trava, ficando estagnado em seus conflitos,  que reforçam em sua interioridade sua falta de valor, diminuindo sua esperança em achar uma porta de saída desse seu sofrimento.
Em determinado momento o hipnólogo, levando o caso  estagnado para seu supervisor, recebe a seguinte  pergunta, visando explorar a si mesmo através do caso do seu cliente “quando na sua história de vida você se sentiu totalmente ineficaz assim?”.
E, através de um processo de aprofundamento do transe, e sondando a si mesmo, ele identifica  momentos do seu passado, em que via o pai agredir sua mãe, e ele se sentia totalmente congelado, sem confiança e recursos,  para tentar proteger quem ele  tanto amava.
São experiências diferentes… concordam? Então, pela lógica, elas não deveriam encavalar uma na outra …certo?! …. Errado!!!
As associações das experiências não resolvidas do terapeuta, podem ser ativadas pelas experiências do cliente, simplesmente por existirem alguns  elementos que estejam presentes,  que lembrem os estados emocionais e as percepções limitantes que ficaram gravadas dessas situações infelizes.
Quando tais situações se engatilham, o sistema do terapeuta aciona os estados emocionais e as perspectivas da época, que geravam um alto índice de desempoderamento,  assim como os mecanismos que ele desenvolveu para tentar sobreviver a essa dor, inabilitando um estado de maior presença, engajamento  e aceitação junto ao seu cliente.
Diante dessas informações de desempoderamento, que são trocadas através da conexão com seu cliente (mesmo que sem consciência do processo), as emoções e percepções limitantes do mesmo também são reforçadas, assim como suas estratégias de sobrevivência, diminuindo as condições que mobilizariam seu transe de empoderamento.
Então a primeira pergunta que todo terapeuta, em processos de congelamento deve fazer é : o que a situação do meu cliente, me ajuda a perceber sobre mim mesmo? Ou talvez: Quando foi que eu me senti assim como estou me sentindo diante do meu cliente?
Mas independente da pergunta e forma de auto exploração, a ideia aqui é acessar as informações profundas, que o congelamento do cliente pode ajudar o terapeuta a perceber sobre si mesmo pois, quando as demandas do cliente ativam as demandas do terapeuta, isso cria um sistema de retroalimentação de informações desorganizadas, que interrompem algumas condições que permitiriam um melhor alinhamento com as forças curativas do inconsciente.
Explorar as informações implícitas, que o caso do cliente,  pode estar potencializando no terapeuta, é um dos passos mais importantes, diante de situações de congelamentos clínicos.
Minha experiência com as supervisões dadas pelo Dr. Stephen é que,  somente o fato do terapeuta tomar consciência de tais informações, já estanca essa alimentação improdutiva, melhorando a conexão de ambos e aumentando o sentimento de segurança diante do processo.
Semana que vem, iremos abordar os outros itens que favorecem a interrupção do fluxo de cura na experiência clínica.