Conheça os 4 tipos de vínculo dentro da Teoria do Apego
A Teoria do Apego surgiu a partir do estudo do vínculo desenvolvido por recém-nascidos com as suas mães e outros cuidadores. Ela é um estudo que abrange os campos das teorias psicológica, evolutiva e etológica.
Após a Segunda Guerra Mundial, as crianças órfãs e sem lar apresentaram muitas dificuldades de socialização, foi então que o psiquiatra e psicanalista John Bowlby foi convidado pela ONU a escrever um panfleto sobre o assunto. Posteriormente, procurando entender melhor como os vínculos entre mãe e filho eram desenvolvidos, Bowlby formulou a Teoria do Apego.
Essa teoria, posteriormente, foi enriquecida e esclarecida com os estudos da psicanalista Mary Ainsworth.
O apego significa um vínculo afetivo ou ligação entre um indivíduo e uma figura de apego (comumente um cuidador). Estes laços podem ser recíprocos entre dois adultos, mas entre uma criança e um cuidador são baseados nas necessidades de segurança e proteção, fundamentais na infância. A teoria propõe que crianças se apegam instintivamente a quem cuide delas, com a finalidade de sobreviver, incluindo o desenvolvimento físico, social e emocional.
Os princípios fundamentais da teoria do apego também se aplicam aos adultos, foi notado na década de 1980 que as interações entre parceiros românticos adultos compartilhavam de similaridades com as interações das crianças e quem as cuidava.
Existem padrões de vínculo que os adultos criam com outros adultos. Esses padrões costumam ser categorizados em quatro principais estilos de apego: Apego Seguro; Apego Evitante; Apego Ambivalente; Apego Desorganizado.
Apego Seguro
Pessoas com esse tipo de apego tendem a ter opiniões positivas sobre si mesmas e sobre seus parceiros e seus relacionamentos. Muitas vezes elas relatam maior satisfação e harmonia em seus relacionamentos do que pessoas com outros estilos de apego. Pessoas seguramente apegadas sentem-se confortáveis tanto com a intimidade quanto com a independência.
Apego Evitante
Quem tem este estilo de apego deseja um alto nível de independência. Esse desejo, frequentemente, aparece como uma tentativa de evitar completamente o apego. Eles se sentem autossuficientes e invulneráveis a sentimentos associados com estarem intimamente ligados a outros. Eles muitas vezes negam necessitar de relações íntimas.
Apego Ambivalente
Nessa modalidade as pessoas buscam por altos níveis de intimidade, aprovação, e receptividade de seus parceiros. Valorizam a intimidade a tal ponto que se tornam excessivamente dependentes de seus parceiros. Elas, frequentemente, duvidam de seu valor como parceiras e culpam-se pela falta de receptividade de seus parceiros.
Apego Desorganizado
Indivíduos com esse apego têm sentimentos mistos sobre relacionamentos íntimos. Por um lado, desejam ter relações emocionalmente íntimas. Por outro lado, tendem a se sentir desconfortáveis com a intimidade emocional. Estes sentimentos mistos são combinados com, às vezes inconscientemente, opiniões negativas sobre si mesmas e seus parceiros. Eles geralmente veem a si mesmos como indignos da receptividade de seus parceiros, e não confiam nas intenções deles.
Entender a Teoria do Apego, tanto no que se aplica aos recém-nascidos, quanto no que se aplica aos adultos, ajuda o profissional a exercer um trabalho melhor.
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