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O que é e como lidar com stress pós-traumático no consultório?

Sabe aquele filme em que o personagem principal é um veterano de guerra que vive constantemente com lembranças e flashes de momentos trágicos que vivenciou durante a fase de conflitos? Então, esses flashes afetam a vida da pessoa e são considerados uma doença, mais conhecida como transtorno de stress pós-traumático (TEPT).

Mas o stress pós-traumático não é ocasionado apenas pelas guerras. Situações de medo intenso são os grandes responsáveis pelo desencadeamento dos sintomas. Roubos, sequestros, catástrofes naturais, acidentes graves, atos terroristas, agressões físicas, psicológicas ou emocionais são apenas algumas situações em que o stress pós-traumático pode aparecer.

Os sintomas se tornam recorrentes e aparecem em situações corriqueiras do dia a dia. Sendo assim, a vida da pessoa fica completamente afetada, fazendo com que ações simples, como atravessar a rua ou ir ao banco, se tornem experiências extremamente negativas e trágicas. Algumas pessoas simplesmente não conseguem realizá-las.

Continue a leitura deste artigo e veja o que é e como lidar com stress pós-traumático no consultório e solucionar de vez esse tipo de problema!

O que é stress pós-traumático?

O stress pós-traumático é um transtorno de ansiedade que geralmente surge após uma situação de trauma ou tragédia. O paciente não consegue superar o ocorrido e sente medo de reviver aquela situação. Ele fica paralisado, em choque e impotente quando experimenta uma situação que possa relembrar o trauma inicial.

O paciente tende a experimentar novamente a situação traumática. Ocorrem flashes de memória, vários sonhos e pesadelos sobre a situação estressante de outrora. É válido ressaltar que o paciente tem certa ligação com o trauma, como se tudo fosse acontecer novamente. Assim, há muito sofrimento, física, mental e emocionalmente.

As situações mais frequentes que podem provocar o transtorno de stress pós-traumático são:

  1. sequestros;

  2. assaltos;

  3. situação de guerra;

  4. tortura;

  5. catástrofes da natureza;

  6. assassinatos;

  7. acidentes graves;

  8. notícia de doença grave;

  9. violência sexual, emocional e física.

Outros sintomas também estão associados ao stress pós-traumático. A depressão e a síndrome do pânico, além de alguns transtornos de ansiedade, podem estar presentes no quadro.

Quando ocorrem tragédias muito grandes, mesmo as pessoas que exclusivamente presenciaram o desespero de outras também podem desenvolver o transtorno.

Quais são os fatores de risco?

Estudos sugerem que alguns episódios desenrolados na infância e adolescência podem colaborar para o desenvolvimento do transtorno de stress pós-traumático. Podemos incluir acontecimentos como violência doméstica, bullying, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade e crianças com algum tipo de estigma.

Crianças que foram sujeitadas a desastres naturais e violência social também estão mais propensas a desenvolver o transtorno.

Qual a diferença entre TEPT e trauma?

Quando ocorre um evento estressante, a maioria das pessoas vivencia algum sintoma de stress pós-traumático. É comum ter dificuldades para superar algum evento desse tipo, ter medo, pesadelos e se sentir um pouco desorientado. No entanto, essa sintomatologia não persiste e vai cessando gradualmente.

No TEPT, esse quadro não melhora. Na realidade, os sintomas vão piorando a cada dia. As reações normais ao trauma vão se tornar o distúrbio do stress pós-traumático, quando o paciente se sente preso ao evento e às repercussões dele. A pessoa permanece em choque psicológico e não consegue seguir em frente.

E os sintomas de stress pós-traumático?

O transtorno pode acometer pessoas de qualquer idade e, dependendo do paciente, pode levar de meses a anos para surgir. Podemos agrupar a sintomatologia em três categorias:

  1. reviver a experiência traumática: recordações usuais e intrusivas do evento traumático. São os pesadelos, alucinações e flashbacks;

  2. evasão e isolamento: o paciente procura evitar circunstâncias que estão relacionadas ao trauma. Além disso, se esquiva de pessoas que possam relembrar o ocorrido;

  3. hiperexcitação psíquica e motora: a pessoa apresenta dificuldades para dormir, reações explosivas, estado de vigilância excessivo, não consegue se concentrar, fica taquicárdica, sudorética e com tonturas e dores de cabeça.

Vários sintomas, como síndrome do pânico, depressão, vergonha excessiva, ansiedade e obsessão, também estão muito associados à síndrome do stress pós-traumático.

Como é o tratamento?

Os principais objetivos da terapêutica do stress pós-traumático são voltados para a diminuição dos sintomas, prevenção de complicações, restabelecer os vínculos sociais e familiares, favorecer o desempenho na escola e no trabalho e abordar outros transtornos relacionados, como a depressão.

Existem duas linhas de tratamento, a medicamentosa e a de terapia cognitivo-comportamental (TCC). Elas podem ser utilizadas uma complementando a outra, de acordo com a necessidade do paciente.

Preferencialmente, utilizamos a terapia cognitivo-comportamental como a primeira linha de tratamento. Ela é realizada por seis meses a um ano. Se necessário, complementamos o tratamento com ansiolíticos e antidepressivos.

A hipnose é um dos tratamentos que vêm ganhando força para resolução do stress pós-traumático. Existem vários métodos de hipnose, um dos mais utilizados é o Ericksoniano, uma técnica que se encaixa na personalidade do paciente, atendendo aos sentimentos próprios do mesmo nos episódios de transe hipnótico.

Olhando desse modo, essa técnica julga o paciente como o elemento crucial para transformar suas questões internas. Ele entra em contato com seu inconsciente e utiliza suas próprias ferramentas.

O mais importante dentro do tratamento de stress pós-traumático é que o paciente necessita de acompanhamento constante. Tanto para continuidade do tratamento, quanto para a avaliação de melhora.

O stress  pós-traumático é uma doença grave e que modifica todos os hábitos de vida do paciente. E não é uma condição incomum. Aliás, vem aumentando o número de casos nos últimos anos. É imprescindível que os profissionais de saúde saibam reconhecer essa patologia, prevenindo os principais problemas dela.

É importante lembrar que algumas pessoas ainda consideram o stress pós-traumático como um sentimentalismo exagerado. Esse tipo de pessoa não acredita que um trauma vivido seja capaz de ocasionar uma doença tão séria assim.

Portanto, é papel do profissional de saúde explicar e contextualizar a doença para quem tem essa crença, afinal, todos nós estamos sujeitos a viver um trauma e conviver durante um bom tempo com as suas consequências.

Obviamente, a cada dia que passa, temos novos traumas e novas doenças psicológicas surgindo. Sendo assim, é fundamental que você invista em novos conhecimentos e habilidades, visando estar mais bem preparado para atender seus pacientes.

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